Quando eu fui convidada pelo próprio Cláudio Zini para ir até a Pormade Portas conhecer de perto a sua política de educação corporativa e de inovação, eu achei que era uma brincadeira. Demorou algumas trocas de mensagem com a sua equipe de comunicação para eu entender que o convite era sério. Eu fui sem pensar e sem olhar para o amanhã. Tinham muitos medos envolvidos na viagem, mas também muita vontade de aprender com quem faz a coisa acontecer.
Antes de embarcar para a “Aventura Pormade” eu construí o filme na cabeça, normal de quem é jornalista: curiosa, um tiquinho ansiosa e apaixonada por educação. Li muito sobre a Pormade e sobre o Cláudio Zini para me preparar e já imaginei mais ou menos como seria entrar em uma das fábricas de portas mais inovadoras do Brasil.
Bom, lá fui eu, achando que ia chegar em um espaço todo trabalhado nas imagens de empresas inovadoras que a gente vê no Pinterest: escorregador e pufes por todos os lados, mesa de bilhar e cafeteira descolada.
Desembarcamos no aeroporto de Curitiba e seguimos viagem com o motorista contratado pela empresa tendo algumas horas de aulas particulares sobre a Guerra de Contestado e sobre a famosa bebida SteinhAger, que é também um dos cartões postais de Porto União, cidade vizinha à União da Vitória onde estão localizados o escritório e a fábrica da Pormade.
Chegamos e a primeira impressão foi assim: um misto de surpresa e conexão.
Não tinha piscina de bolinha, nem cafeteira descolada. A primeira imagem que vi quando cheguei na empresa foi uma foto estilo banner, meio desbotado, do Claudio Zini mais jovem ao lado de algumas árvores, com alguns dizeres sobre reflorestamento. Também notei outras fotos, alguns murais e banners, nada muito padrão, com os princípios da Pormade.
Ao entrar na empresa, fui recebida pelo diretor de RH e pela coordenadora de RH, além, claro, da equipe de comunicação. E, para a minha alegria e surpresa, pelo próprio Cláudio Zini, que chegou de mansinho, sem interromper a conversa, mas dando um boas vindas bem caloroso.
O tour inicial pelo escritório da Pormade já me fez jogar fora de vez todas as imagens de Pinterest. Mas achei coisa bem melhor: Escritórios abertos, demonstrando que aquele papo de gestão de portas abertas realmente rola ali, café simples de tudo e baseado em confiança, com a cantina da honestidade onde os funcionários fazem o próprio troco dos doces e lanches que consomem. Não tinha mesa chique e nem escorregador, mas tinha livros por toda parte.
Os dias que se seguiram foram bem emocionantes porque confirmaram e reforçaram a primeira impressão. O esforço do Cláudio é totalmente focado em pessoas e não em coisas. “Sou apaixonado pelo cérebro de vocês”, ele repetia nas reuniões com a equipe e, ele realmente dá consequência à sua fala, quando inclui políticas de premiação claras, quando valoriza a livre discussão em rotinas de troca estratégica, quando cria um ambiente propício para a leitura e a formação continuada dos seus colaboradores.
Não é à toa que a Pormade está há 19 anos entre as 150 melhores empresas para se trabalhar na premiação GPTW Brasil (Grate Place to Work) e em 2020 ganhou o Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar 2020, FIA e UOL, na categoria "Ambiente de Inovação Mais Incrível*
Aliás, voltei com uma nova visão do conceito de inovação: Inovação é simplicidade e foco no desenvolvimento humano e na educação. Isso não é novo, mas é bonito de ver. O foco precisa ser as pessoas. Cancelei a compra da cafeteira “moderninha” nova e comprei um livro para a minha companheira de jornada na Zan.
Saí de lá convencida: se uma empresa com 700 funcionários consegue focar em educação e inovação, eu também consigo.
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